Se eu nascesse outra vez,
Corria para a sala de tratamento ambulatório.
Se eu nascesse outra vez,
Tocava-lhe a mão e dar-lhe-ia um beijo na testa.
Se eu nascesse outra vez,
Os meus braços abririam-se como um pássaro feliz sem gaiola nem dono.
Se eu nascesse outra vez,
Abraçava-a com toda a minha força.
Se eu nascesse outra vez,
Teria um papel pautado e um lápis na mão esquerda que costumava usar para lhe dar Mimos na cara.
Se eu nascesse outra vez,
Escreveria-lhe em cima da cama, à frente dela
Se eu nascesse outra vez,
A palavra, com um desenho de um coração vermelho tão vivo, seria: "Obrigada".
Se eu nascesse outra vez,
Olhava para ela nos olhos cintilantes como o mar azul durante o pôr-de-sol.
Se eu nascesse outra vez,
Sorriria enquanto ela sorrisse também.
Se eu nascesse outra vez,
Gravava a sua imagem na minha cabeça.
Era a minha mãe.
Se a minha mãe continuasse viva,
Não me despedia assim dessa forma e viveria feliz com a minha mãe para sempre.
Teixeira&Coelho - 16.02.2011
Aconteceu aquilo que não aconteceu na aula...deixei cair umas lágrimas de emoção e de contentamento pela beleza,sensibilidade e cumplicidade neste texto.
ResponderEliminarAgradeço aos autores, queridos alunos, que partilharam tão belo presente. Um grande beijo para os dois!!